A disgrafia é uma perturbação da linguagem escrita que abrange as competências mecânicas da escrita e manifesta-se por uma fraca prestação na escrita em crianças com inteligência pelo menos na média, que não têm uma desordem neurológica distinta e/ou uma deficiência sensório-motora”.
De forma geral podem-se agrupar os problemas da escrita dos alunos com disgrafia em dois tipos:
✔ Problemas com a formação das letras : deformação das letras, espaçamento irregular, inversões e rotações das letras;
✔ Problemas com a fluência: escrita muito lenta e laboriosa.
Alunos com disgrafia podem apresentar todas, ou algumas das seguintes caraterísticas:
✔ Formação das letras pobre
✔ Letras muito largas, demasiado pequenas, ou com tamanho inconsistente
✔ Uso incorreto de letras maiúsculas e minúsculas
✔ Letras sobrepostas
✔ Espaçamento inconsistente entre letras
✔ Alinhamento incorreto
✔ Inclinação inconsistente
✔ Falta de fluência na escrita
De forma geral, as pessoas com disgrafia apresentam, igualmente, uma série de sinais ou manifestações secundárias de tipo global que acompanham o seu grafismo defeituoso, e que por sua vez o determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura gráfica incorreta, forma incorreta de segurar o instrumento com que se escreve, deficiências de preensão e de pressão, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido.
QUAL A MELHOR INTERVENÇÃO NA DISGRAFIA?
Quando um aluno é identificado como tendo disgrafia, o professor deve ter em consideração 3 aspectos essenciais, na sala de aula:
1- Acomodar, reduzir o impacto que a escrita tem na aprendizagem ou na expressão do conhecimento, sem modificar substancialmente o processo ou o produto;
2- Modificar, alterar os compromissos ou expetativas de forma a ir ao encontro das necessidades individuais do aluno;
3- Intervir, fornecendo instruções e oportunidades para melhorar a caligrafia.
Existem diversos programas específicos de intervenção na área da disgrafia, no entanto, para que se considere um programa de intervenção efetivo deve respeitar os seguintes princípios:
✔ Ensino direto e individualizado
✔ Utilizar métodos e técnicas variados, indo ao encontro das necessidades individuais do aluno
✔ Planejar pequenas sessões de escrita (caligrafia), várias vezes por semana (no contexto da escrita)
✔ As competências caligráficas devem ser ensinadas isoladamente, e depois aplicadas no contexto e periodicamente verificadas
✔ Os alunos devem avaliar a sua própria escrita e, quando apropriado, a escrita dos outros
✔ O professor deve apresentar a sua escrita como modelo
✔ Ensinar a caligrafia, não apenas como uma tarefa visual ou motora, mas sim como ambas
✔ Utilizar ajudas físicas ou verbais, movendo a mão do aluno, ou providenciando indicadores tais como pontos ou setas nas letras
✔ Forneça um reforço específico para as letras escritas corretamente e feedbacks de correção para as letras que necessitam de ser trabalhadas
✔ Ensinar o aluno a auto verbalizar a forma das letras
COMO OCORRE?
Desenvolve uma doença como resultado da disfunção das regiões do cérebro que são responsáveis por gravar o processo de dominar. As razões para tais violações podem ser várias. A criança, neste caso, já com disgrafia e muitas vezes vem com dislexia, uma vez que tem também é passado de geração em geração (Predisposição genética). Pelas seguintes razões, que afetam o desenvolvimento de disgrafia, incluem lesões e doenças que afetam o cérebro. Uma criança pode ser exposta a eles antes de seu nascimento, por exemplo, nos casos de nascimento grave ou infecção intrauterina. Nos primeiros anos de vida é também alto risco de disgrafia devido à mesma lesão e doença.Além disso, a criança neste momento é fortemente influenciada por fatores sociais e psicológicos que desempenham um papel significativo no desenvolvimento de habilidades e competências.
Estes fatores sócio-psicológicos incluem a quantidade de atenção dada aos pais da criança, perto o suficiente para expressar contatos, o bilinguismo na família, o nível cultural da família, e assim por diante.
Dysgraphia – diagnosticados não só em crianças em idade escolar
Uma vez que a doença é causada por anormalidades no cérebro certas áreas, os adultos também podem enfrentar disgrafia. Isso pode acontecer devido a lesões, cirurgia cerebral, tumores, hemorragias no cérebro, bem como acidentes vasculares cerebrais. A palavra “disgrafia”, de origem grega, vem dos termos “graph”, que se refere à função da mão em escrever e às letras formadas pela mão, o prefixo “dys”, que indica a existência de um prejuízo, e o sufixo “ia” que faz referência a ter uma condição.
Assim, disgrafia seria uma condição de prejuízo em formar letras pela mão, ou seja, indica deficiência em caligrafia e às vezes também em ortografia.